quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Um Rio Numa Pedra

EXISTE ALGO QUE DIVIDE A MINHA SINCERA CALMA
ENTRE UM PASMO DESESPERO E A COMPLETA INERCIA
EXISTE UM DESAPEGO QUE INVADE MINHAS DECISÕES
ENTRANDO DEVAGAR ANESTESIANDO TODAS AS LESÕES

ENQUANTO EU PERCORRO ESTE CAMINHO ESTREITO
DE PASSAGEM ESGUIA E UM BUCADO TORTUOSO
O FINAL PARECE ESTAR CADA VEZ MAIS LONGE
E QUANTO MAIS EU SIGO FICA MAIS DISTANTE

O CAMINHO E A CHEGADA NÃO FAZEM SENTIDO
POR ISSO É MAIS FÁCIL DESCER PELO RIO DE INVERNO
APENAS SEGUINDO A CORRENTE PARA QUALQUER LADO

QUANDO VOCÊ RESPIRA O AR GÉLIDO DO INVERNO
NA PRIMEIRA VEZ PARECE QUE TUDO VAI VIRAR GELO
MAS DEPOIS O GELO PARA DE SER UM INCOMODO

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