quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Porta Retrato Caido

POR QUE SUAS PALAVRAS NÃO ME DIZEM MAIS NADA?
A TUA ALMA PRA JÁ PARECE TÃO OPACA
EU JÁ NÃO SEI QUE IMAGEM TEM NA TUA LUA
OU QUE MUSICA EMBALA AS NOITES TUAS

SE EU VEJO UM MURMÚRIO, UM SUSSURRO QUALQUER
CORRO PRA VER SE É VOCÊ VINDO DO JEITO QUE VIER
ESSA TUA AUSÊNCIA PARCIAL É QUE MATA
NAS PALAVRAS DAS PAREDES ALHEIAS PICHADA

É O TEU NOME QUE EU VEJO A CADA SEGUNDO
UM SORRISO TRISTE RECLAMANDO DO MUNDO
E NESSE MUNDO NOVO QUE É SÓ TEU
AQUELE QUADRO NOS DOIS O CUPIM COMEU

E TODAS AS PROMESSAS FEITAS A LUZ DE VELAS
SELADAS COM SANGUE QUENTE DERRAMADO NA MESA
EU SEI QUE A MINHA PARTE DO ACORDO EU CUMPRI
E TODO AMOR QUE PRECISAVAS ESTAVA ALI

QUANDO AS CINZAS DO CIGARRO FAZIAM SENTIDO
E A CADA DIA EU MORRIA UM POUCO AO TEU LADO
NA INSALUBRIDADE DO ÁLCOOL FOMOS BÊBADOS
DERRAMAMOS NOSSAS LAGRIMAS NOS COPOS

HOJE O QUE ME RESTA DO TEU SINGELO AMOR
SÃO AS LEMBRANÇAS QUE MINHA MENTE GUARDOU
A DOR DO VENTO QUE BATE NO ESPAÇO VAZIO
QUE VOCÊ DEIXOU AQUI QUANDO VOOU

EU VEJO SUAS ASAS NOVAS NO SOL BRILHANDO
E SIGO CANTANDO HAILS AO TEU NOVO REINO
ESPERANDO UM FARELO OU UM RESQUÍCIO
DAQUELE AMOR QUE UM DIA ME INCINEROU

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