sábado, 24 de setembro de 2011

Ao Futuro

NÃO DISCUTO
NÃO DOU AS CARAS
NEM AS COSTAS
AO FUTURO

ESPERO SEM ESPERANÇA
OBSERVO SEM VONTADE
AJO NATURALMENTE
DEIXO QUE ACONTEÇA ...

JÁ QUE ESSE FUTURO
PELO LIVRE ARBÍTRIO ...
NEM A DEUS PERTENCE

CADA DIA REVOGA O PASSADO
E CADA NOITE MATA A CERTEZA
QUE O AMANHA VIRA

Aprendendo

QUEM SABE O AMOR QUE SE APRENDE
SEJA MAIS FORTE E MAIS VALIOSO
QUE O QUE SE SENTE
SENDO ASSIM DURADOURO ...

TALVEZ O CORAÇÃO SE ENGANE
OS DESTINOS SE CRUZEM
E OS AMORES SE ENTERREM
E DEPOIS DISSO A VIDA SEGUE

E AQUELE AMOR QUE SE SENTIA
CANSOU DE DOER E QUIETOU
ESCONDIDO NA SOMBRA DA MEMORIA

SE EU TE TIVE ALGUM DIA NEM SEI
MAS SEI O QUE FOI QUE AMEI
E CONSEQUENTEMENTE O QUE PERDI ...

Poema Triste

NEM SE QUER SE LEMBRA MAIS
DAS NOITES PASSADAS DE NÓS DOIS
E O SOM DAS PALAVRAS RECITADAS
JÁ ESVANECERAM NAS VENTANIAS

ATÉ OS RASTROS SE APAGARAM
DA TUA MENTE SE DISSIPARAM
É SÓ EM MIM QUE AINDA ECOAM
AQUELAS LEMBRANÇAS MALDITAS

DAS HORAS QUE SORRISTE SINCERA
AGORA O SILENCIO É QUE EMANA
DA FRIEZA ATÔNITA DO TEU SER
QUE ME CONGELA COMO A NEVE

ENTURVA A VISÃO DO TEU ROSTO
ESSA NEVOA DENSA E HÚMIDA
PROLE DA TUA INDIFERENÇA
QUE MATA OS MEUS SONHOS

E AGORA NESSE ESTADO TERMINAL
QUE JAS NOSSO RELACIONAMENTO
SO ESPERO UM OLHAR MATERNAL
QUE TORNE ESSE FIM ANESTESIADO

POETAS MORTOS NUNCA MAIS FALARÃO
NÃO COM A BATIDA DO TEU CORAÇÃO
NEM PARA MEUS MISERÁVEIS OUVIDOS
QUE ESTARÃO SURDOS A TUA DOCE VOZ

OH, QUE TRISTE FIM DA EXISTÊNCIA
DA EMBRIAGUES DE UMA CRIATURA
CAUSADA FOI POR UMA DOCE FLOR
QUE LOGO APOS SUMIU COMO VAPOR

E NO FIM QUANDO TUDO ACABA
SÓ NOS RESTA RASGAR A ALMA
PARA MATAR AS LEMBRANÇAS
QUE TEIMAM EM FICAR VIVAS ...

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Insatisfeita

NÃO SABE O QUE QUER DA VIDA
OU O VALOR DAS LAGRIMAS CAÍDAS
COMO SE CADA MOMENTO
REPRESENTASSE IMENSO PERIGO


SUA POSSESSIVIDADE É ABUSIVA
E NÃO ME TRAZ PARA PERTO
ESSA PARANOIA DESCONTROLADA
NOS LEVA A BEIRA DO PRECIPÍCIO

O DESGASTE APARECE NOS OLHOS
QUE CHORANDO SE ARREPENDEM
DOS ATOS EMANADOS SEM FREIO

AQUELA VELHA CONFIANÇA
AOS POUCOS SE DEFINHA
NOS PÉS DA INSANIDADE